Senadores pedem perda de função pública de Dilma e Wagner

 Os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e José Medeiros (PSD-MT) ingressaram agora na  tarde desta quinta-feira, 31, com uma representação na Procuradoria  Geral da República contra a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe do gabinete pessoal da presidência, Jaques Wagner, "em razão da possível prática de ato de improbidade administrativa" por conta da negociação do governo junto ao Congresso em troca de votos contrários ao processo de impeachment. 
Na representação, também assinada pela representante da Aliança Nacional  dos Movimentos Democráticos, Carla Zambelli, os senadores pedem a  imediata abertura de inquérito civil administrativo e, caso seja  comprovada a culpabilidade dos representados, a aplicação do art.12,  inciso III da lei 8.429/92, que prevê a perda da função pública e  suspensão dos direitos políticos por um prazo de três a cinco anos.
         
    
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Desde o desembarque do PMDB, na última terça-feira, 29, deputados e  senadores, principalmente de partidos cujos parlamentares não são  unanimidade sobre a questão do impeachment, têm sido assediados por  membros do governo para se manter na base aliada.
Na Câmara, fala-se que o governo abriu a "barraca na feira" para  negociar cargos em troca de apoio para garantir o mínimo de 171 votos na  votação do impeachment no plenário.
Os autores argumentam que recentes declarações feitas pelo ministro  Jaques Wagner, de que o governo estava sendo repactuado e saída do PMDB  abriria espaço para "um novo governo" revelam "explicitamente a adoção  de práticas de inspiração política, porém lastreados em atos  jurídico-administrativos eivados do mais aparente desvio de finalidade,  sob a orientação e em cumprimento a determinação direta da presidente  Dilma."
Para os senadores, as condutas de Dilma e Wagner podem ser enquadradas  no art 11, inciso 1º da mesma lei 8.429/92, que prevê a prática de "ato  visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,  na regra de competência".
"Na perspectiva de recompor a base de apoio do governo no Congresso  Nacional e, dessa forma, recobrar o fôlego na tentativa de evitar o  impedimento da presidente da República, o Governo Federal, por meio do  chefe do Poder Executivo e do referido ministro Jaques Wagner, saiu  declaradamente em busca de novos partidos e/ou parlamentares avulsos  dispostos a aceitar cargos em troca de voto favorável à presidente no  processo do impeachment", argumentam os autores da representação.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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