Imprensa internacional repercute saída do PMDB do governo

  A decisão do PMDB de deixar o apoio ao governo de Dilma Rousseff ganhou repercussão na tarde desta terça-feira, 29, na imprensa internacional.  
Na Argentina, os sites destacaram a rapidez com que a decisão foi tomada e a expressão "duro golpe" foi usada para dimensionar seu impacto.
Nos Estados Unidos,  a avaliação das reportagens é que as chances de Dilma perder o mandato  cresceram sem seu principal partido de apoio e algumas reportagens  destacam o risco de piora da situação no País e de mais aliados deixando  o governo. 
Também foi ressaltado que o rompimento do PMDB com o governo pode  desencadear a saída da base de apoio de outros partidos menores,  aumentando a probabilidade de impedimento da presidente.
Times
O site do jornal americano ressalta que a saída do PMDB pode ampliar a  crise política e econômica do Brasil, na medida em que o PMDB era  "crucial" para o governo. 
Outra fonte de preocupação é a saída de ministros do partido, incluindo  de pastas importantes, como Saúde e Educação, que vão ocorrer no meio da  epidemia do vírus Zika e a poucos meses do começo das Olimpíadas.
The Wall Street Journal
A publicação ressalta que a saída do PMDB, que longamente apoiou o PT no  Planalto, reduz as chances de Dilma ficar na presidência. 
"A saída pode tornar difícil para a presidente angariar apoio que  precisa para evitar o impeachment", afirma o jornal, destacando que o  PMDB tem mais deputados e senadores que outros partidos no Congresso. 
A pior recessão no país desde a crise de 1929 e vários escândalos de corrupção azedaram a relação da dirigente com o partido.
CNN
A emissora destacou que em uma crise política profunda, que não dá  sinais de que vai parar tão cedo, as coisas ficaram ainda mais difíceis  para Dilma. "Não importa o que aconteça agora, a decisão do PMDB é mais  uma má notícia para a presidente."
Clarín
A publicação argentina afirmou que a medida agrava sensivelmente a  situação da presidente e mencionou a estratégia de Lula de contar com  dissidentes peemedebistas para ter os votos necessários para barrar o  impeachment.
La Nación
O jornal de Buenos Aires classificou o PMDB como a maior força política  do País e destacou que a decisão levaria à possível demissão de sete  ministros. Segundo La Nación, o vice-presidente Michel Temer tem um  plano de governo que incluiria "cortes em programas sociais,  privatizações e maior abertura comercial".
Ámbito Financiero
Por contar com grandes bancadas na Câmara e no Senado, afirmou o jornal,  o partido "pode desequilibrar qualquer balança política". O site  menciona ainda a participação do PMDB em todos os governos desde 1985.  Por isso, segundo a publicação, "criou-se a lenda" de que é impossível  governar sem ele.
Página 12
Mais alinhada ao kirchnerismo, a publicação usou o título "Uma saída  anunciada rumo ao golpe brando contra Dilma" para definir a decisão  peemedebista. 
O jornal destacou que o PMDB se declarou independente, mesmo em relação a  um julgamento no Congresso, ocupa a presidência das duas Casas e tem o  maior número de afiliados no País, o que configura um revés para "o já  frágil governo de Rousseff".
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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