Governo começa a acomodar aliados contra impeachment

 O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 28, traz um  exemplo de como o Palácio do Planalto vai começar a atuar "no varejo"  para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. 
Os cargos no segundo escalão do governo vão servir como moeda de troca  para garantir o apoio de deputados na votação que pode levar ao  afastamento da presidente.
Nesta segunda, o atual diretor de Obtenção de Terras do Incra, Marcelo  Afonso Silva, foi exonerado do cargo para dar lugar a Luiz Antônio  Possas de Carvalho, aliado do deputado do PMDB Carlos Bezerra (MT).
Afonso Silva havia chegado à diretoria do Incra em 2011, como indicado  da senadora Gleisi Hoffmann, que acabava de assumir a chefia da Casa  Civil. 
Na época, a vaga era reivindicada pela bancada do PMDB do Senado e foi  usada como exemplo de como os dois partidos estavam disputando espaços  no governo.
Bezerra é um dos deputados do PMDB que tem se manifestado contra o  impeachment de Dilma. Advogado por formação, ele argumenta não ver  sustentação jurídica para o afastamento da presidente.
Na semana passada, um aliado do vice-presidente Michel Temer foi  exonerado da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para dar espaço a um  nome do PTN, que daria dez votos a favor de Dilma no processo do  impeachment.
Se o desembarque do PMDB do governo se concretizar nesta terça-feira, a  ideia é distribuir os cargos que estavam com o partido às demais  legendas da base aliada.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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