Dilma perdeu legitimidade para conduzir mudanças, diz CNI

 O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira, 29, que a presidente da República, Dilma Rousseff, perdeu a "legitimidade" para conduzir as reformas que o país precisa para sair da crise. 
"Francamente, o governo está perdendo muito a legitimidade para dar  continuidade às mudanças que o país deseja e até hoje não foram  realizadas", afirmou Andrade. 
                  
Segundo ele, nem todas as federações se manifestaram claramente a favor  do impeachment da presidente, mas todas são a favor de uma "solução  rápida, democrática e dentro do Estado de direito".
"O problema nosso hoje é essa sangria ficar ainda três meses, quatro  meses, seis meses. A economia acabou. As empresas estão fechando",  afirmou. Ele disse que hoje recebeu a informação do fechamento da  fábrica da Souza Cruz, no Rio Grande do Sul.
"A posição da CNI é que não dá para continuar com o país da forma que  nós estamos, com problemas éticos, falta de credibilidade, falta de  legitimidade", afirmou.
Andrade diz que a CNI vai respeitar as decisões que forem tomadas pelo Congresso e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A preocupação da confederação, segundo o presidente, é com o dia seguinte ao impeachment, se ele de fato ocorrer. 
"Temos que construir projetos e propostas para o país sair da crise.  Vamos ter que construir com quem estiver no poder", afirmou.
"Se o próximo governo não tomar medidas drásticas e duras, vamos  continuar do mesmo jeito", disse ao defender, entre outras, as reformas  da Previdência, administrativa e trabalhista.
"Se quem entrar não tiver a coragem suficiente de fazer as reformas, não  vai adiantar. Se a presidente continuar e não fizer as reformas, vamos  continuar sangrando e o país quebrando", previu.
O presidente da CNI disse que a confederação apoiou a maior parte das  propostas do documento "Uma Ponte para o Futuro", lançado no fim de  2015, com as medidas propostas pelo PMDB para a retomada do crescimento  econômico.
 "Mas quem entrar vai ter coragem de colocar todas essas medidas em  prática? Tem que ter. Estamos numa situação que o país é um caos  completo: desânimo, descrédito, ninguém acredita em mais nada", afirmou
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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