Eduardo Cunha pode renunciar para salvar mandato

 O agravamento da crise política faz crescer rumores sobre a renúncia de outro agente político além da presidente da República, Dilma Rousseff. 
É cada vez mais recorrente a tese de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode abrir mão do cargo para salvar o mandato de deputado. A  cassação é a pena máxima que o Conselho de Ética pode lhe conferir,  quando o arrastado processo chegar ao fim.
                  
Réu na Lava Jato, Cunha continua negando com veemência a possibilidade  de renunciar. "Óbvio que não. Menor possibilidade. Chance zero" afirmou o  presidente da Câmara nesta manhã, quando questionado sobre um eventual plano de renúncia.
Se é para uma eventual cassação ou afastamento por força do Supremo Tribunal Federal (STF)  ou mesmo porque sua temporada à frente da Casa termina no início do  próximo ano, é fato que a sucessão de Eduardo Cunha é pauta nas  conversas de bastidores.
O cargo, inclusive, entra nas negociações de apoio ao eventual governo  do atual vice-presidente da República, Michel Temer, que assume o  comando do País caso Dilma seja defenestrada no processo de impeachment  que corre na Câmara.
Deputados que articulam o impeachment de Dilma defendem que o próximo  presidente da Câmara seja do grupo conhecido como "centrão", que envolve  partidos como PP, PR, PSD e PDT, legendas que, inclusive, tendem a  deixar o governo Dilma após a oficialização do rompimento do PMDB, na  tarde de hoje.
A reportagem mostrou na última sexta-feira que o deputado Rogério Rosso  (PSD-DF), atual presidente da comissão do impeachment, é um dos cotados a  assumir a vaga.
Rosso circula bem por todos os grupos do Parlamento, característica que  interessa a Temer, que, se seguido o script, terá que fazer um governo  de coalizão, administrando muitos partidos e interesses.
Aliados de Cunha dizem que ele tem apreço pelo nome de Rosso, assim como  tem pelo nome de Jovair Arantes (PTB-GO), atual relator da comissão de  impeachment.
 A escolha de Rosso e Jovair para comandar o colegiado que discute a  admissibilidade do processo de impedimento da petista foi feita,  inclusive, em reunião comandada por Cunha, em sua residência oficial, na  noite anterior à eleição que os confirmou nos cargos
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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