Eletrobras contrata banco para vender ativos da Eletrosul

 A estatal Eletrobras contratou o banco Credit Suisse para prestar consultoria em um plano para a venda de ativos de sua subsidiária Eletrosul, que incluem linhas de transmissão de energia e usinas eólicas, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto. 
Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato, a companhia  espera levantar cerca de 2 bilhões de reais com a venda total ou parcial  dos ativos.
A Eletrosul possui cerca de 1.000 megawatts em usinas eólicas próprias  no Rio Grande do Sul, além de 400 megawatts junto a parceiros. 
Os ativos à venda incluiriam parte dessas usinas e um lote de linhas de  transmissão que a companhia arrematou em leilão, mas ainda não tiveram  obras iniciadas.
O objetivo da transação é melhorar o caixa da empresa e dar fôlego para outros projetos prioritários, afirmou uma das fontes.
Procurados, o Credit Suisse, a Eletrobras e a Eletrosul não comentaram o assunto.
Às 13:01, as ações preferenciais da Eletrobras operavam em alta de 1,9  por cento, enquanto as ordinárias caíam 0,7 por cento. O Ibovespa subia  1,99 por cento.
A tarefa, no entanto, pode não ser simples em momento de crise no país e  queda na demanda de energia, combinada ainda a uma ampla gama de ativos  à venda no setor elétrico do Brasil, especialmente em geração.
Esses desafios podem levar a companhia a trabalhar com a possibilidade  de parte dos desinvestimentos não ocorrer neste ano, admitiu a fonte.
"A ideia é vender parte dos parques (eólicos) e parte da linha da transmissão que ainda não foi feita", disse a fonte.
Com a venda de parte da concessão na linha de transmissão, a Eletrosul  quer levantar 1,5 bilhão de reais, enquanto o restante viria das  eólicas.
Como a linha é bastante longa, cortando o Sul do país, a concessão  poderia até ser dividida em lotes menores, visando facilitar a  negociação, segundo a fonte.
"É preciso fazer (a venda), bancos já foram consultados, até para a  Eletrosul ter fôlego para fazer outros investimentos em geração e  transmissão", disse a fonte.
Mas, diante das condições do mercado, não há urgência nas negociações.
"Tem que ver do ponto de visto político e econômico, o mercado não está  receptivo nesse momento. Será feito sem pressa e não será de qualquer  forma." A fonte afirmou que, com isso, parte das vendas poderia ser  feita neste ano e o restante no ano que vem.
"Tem muitos agentes vendendo ativos. Tem muita oferta e quem tem  dinheiro pode comprar bem. Como é um dinheiro para investir, a companhia  não está com a faca no pescoço", completou.
A própria Eletrobras deverá realizar brevemente o leilão de privatização  de uma de suas distribuidoras de energia, a Celg-D, de Goiás, além de  ter anunciado planos de vender outras de suas concessionárias de  distribuição.
A estatal chegou a apresentar em assembleia no final do ano passado um  plano para vender todas suas sete distribuidoras em 2016, mas o governo  federal retirou o assunto de pauta, aprovando apenas a operação da  Celg-D.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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