PEC que determina novas eleições é vista como golpe

 A Proposta de Emenda à Constituição 20/2016, que determina a  realização de novas eleições gerais em outubro de 2016, foi alvo de  críticas do núcleo duro do vice-presidente Michel Temer, que passou o dia de ontem em São Paulo. 
Presidente do PMDB e um dos principais operadores políticos de Temer, o senador Romero  Jucá (PMDB-RR) classificou ontem como "golpe" a iniciativa. "O partido  vê como uma tentativa de golpe. Qualquer redução ou ampliação de mandato  é inconstitucional e fere cláusulas pétreas", afirmou o peemedebista.  Jucá passou o dia de ontem em São Paulo reunido com Temer no escritório  político do PMDB, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
                  
A PEC é defendida pela ex-ministra Marina Silva, por um bloco senadores  não alinhados com o governo e a oposição e por setores do PT. O  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marina lideram as pesquisas de  opinião sobre a eleição presidencial de 2018.
Já o PSDB, maior partido de oposição ao governo, rejeita a proposta,  apesar de ter entrado com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para  cassar o mandato da chapa Dilma-Temer. Se o pedido for acolhido pelo  colegiado ainda em 2016, Temer perderia o mandato e novas eleições  seriam convocadas.
A proposta de um novo pleito foi defendida pelo PSDB até o começo deste  ano, quando a legenda mudou de estratégia e passou a apoiar o  impeachment. Na época, a mudança de discurso fez o partido ser chamado  até por tucanos de "errático".
 O ideia também foi defendida publicamente, no começo do mês, pelo  senador Valdir Raupp (PMDB-RR). Aliado de Temer, ele usou a tribuna do  Senado para dizer que a realização de um novo pleito com as eleições  municipais de outubro atenderia ao clamor das manifestações populares  contra o governo.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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