Dólar cai 0,61% e vai abaixo de R$ 3,55

O dólar fechou em queda e foi abaixo do patamar de 3,55 reais nesta  segunda-feira, em sessão marcada pela a ausência de intervenções do Banco Central e com investidores atentos aos nomes que devem formar a equipe econômica do provável governo de Michel Temer. 
O dólar recuou 0,61 por cento, a 3,5485 reais na venda, após subir 1,07 por cento na sexta-feira..
                  
O dólar futuro caía cerca de 0,8 por cento no fim da tarde.
"Os nomes especulados são bem recebidos... O mercado aposta que virão  para a equipe econômica nomes bem conceituados que trarão credibilidade  para o governo", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio  Campos Neto.
Notícias publicadas no fim de semana reforçaram a possibilidade de o  ex-presidente do BC Henrique Meirelles ficar à frente do Ministério da  Fazenda quando Temer assumir a Presidência, caso o Senado confirme o  afastamento da presidente Dilma Rousseff. Meirelles esteve com o  vice-presidente no sábado, em Brasília.
Também circularam os nomes de Murilo Portugal, presidente da Febraban, e  do senador José Serra (PSDB-SP) para o Ministério da Fazenda de Temer,  além do ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo para assumir a  autoridade monetária.
O Senado cria nesta segunda-feira a comissão especial que avaliará o  processo de impeachment de Dilma. Depois de a Câmara dos Deputados ter  aprovado o processo de afastamento da presidente, o Senado terá de  corroborar a decisão, o que já afastaria Dilma por até seis meses, até o  julgamento final do processo na Casa.
A ausência do BC no mercado também ajudou a queda do dólar nesta sessão.  A autoridade monetária vinha atuando fortemente com a realização de  swaps cambiais reversos --equivalentes a compra futura de dólar--, mas  reduziu a intensidade recentemente. Uma fonte da equipe econômica disse à  Reuters na semana passada que o BC atuaria com "mão mais leve" no  câmbio.
"Com a ausência do BC e o volume pequeno, o mercado se acomodou um pouco  para baixo e ficou", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos  Amado.
No exterior, permaneceu o clima de cautela, à espera da reunião do  Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira. De  maneira geral, a expectativa é que o Fed mantenha os juros, mas sinalize  a possibilidade de aumento em breve. Juros mais altos nos EUA podem  levar investidores a transferirem para a maior economia do mundo  recursos alocados em outros países, como o Brasil.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário