
Por questões de segurança, o presidente em exercício, Michel Temer,  volta hoje (21), no final da tarde, para Brasília. Temer está em sua  residência, em São Paulo, desde o início da semana, mas, orientado pelo  serviço de segurança da Presidência, decidiu retornar para a capital  federal. 
Um dos motivos é que a casa de Temer, em São Paulo, está localizada em  um bairro residencial, no Alto de Pinheiros, e a presença do presidente  em exercício, rodeada de jornalistas, atrapalha a tranquilidade da  vizinhança.
Segundo um dos assessores de Temer, ele deve seguir para o Palácio do Jaburu, onde deve permanecer até a volta da presidenta Dilma Rousseff,  que viajou hoje para os Estados Unidos. O assessor não confirmou se a  decisão de Temer voltar para Brasília tenha sido motivada por um  protesto que ocorreu hoje, logo cedo, em frente à sua casa em São  Paulo. 
Pela manhã, por volta das 8h, cerca de 80 manifestantes do movimento  Levante Popular da Juventude fizeram um ato, que eles chamam de  “escracho, na frente da residência de Temer”. 
O grupo pichou a rua com a mensagem “QG [quartel general] do Golpe”,  espalhou cartazes pelo chão com imagens da Constituição e da foto de  Temer com a mensagem “Temer golpista” e falsas notas de 1 dólar, com a  imagem do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Durante o ato, eles gritaram “não vai ter golpe”. O ato durou cerca de  uma hora.
Após os manifestantes terem deixado o local, a Polícia Militar chegou e  começou a instalar cercas em frente à casa de Temer para isolar a  residência. Equipes da limpeza pública da prefeitura de São Paulo também  estiveram no local a fim de recolher os papeis que foram trazidos pelos  manifestantes e lavar a rua, onde havia pichação.
A presença de Temer atraiu vários curiosos, alguns vizinhos, vez por  outra, paravam ao lado das dezenas de jornalistas para tirar fotos.  Houve também os quem passavam pelo local gritando palavras de apoio ou  contra Temer.
Durante a manhã, Temer recebeu a uma única visita, a de Moreira Franco,  ex-ministro da Aviação Civil. Ele chegou por volta das 10h15.
Protesto
e acordo com Larissa Sampaio, uma das integrantes do movimento Levante  Popular da Juventude, o ato hoje foi para chamar a atenção para o que  eles consideram de golpe contra a presidenta da República, Dilma  Rousseff. O protesto, segundo ela, deve se repetir contra os políticos  que o movimento entende como “articuladores do golpe”. “Estamos  convocando a juventude a escrachar esses golpistas. Hoje, no Ceará, vai  ter um [ato] e, até o dia 27 de abril, todos esses deputados e  articuladores [do golpe] tomem cuidado porque sabemos onde eles estão e  vamos escrachá-los”.
 
 
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