Lei da Uber deve abrir vagas para 12 mil carros

A gestão Fernando Haddad (PT) estuda liberar até 12 mil carros para transporte individual de  passageiros nas ruas de São Paulo. Segundo estimativas da gestão  Fernando Haddad (PT), essas 'licenças' para uso legal do viário urbano  serão divididas entre condutores da Uber  e demais aplicativos e taxistas. A meta é alcançar 50 mil veículos no  serviço e, a médio prazo, reduzir o porcentual de viagens por carro  particular. 
Segundo Ciro Biderman, diretor da SP Negócios, é possível que metade  dessas licenças seja dada aos taxistas, por meio de alvarás permanentes.  A categoria tem oferecido resistência ao projeto de lei em  desenvolvimento pela gestão Haddad e pelo vereador José Police Neto  (PSD) para regulamentar os aplicativos. O sorteio de novos alvarás  seria, portanto, uma forma de apaziguar os ânimos.
                  
Outra forma de valorizar os 38 mil taxistas da cidade é assegurar que  veículos da Uber e demais aplicativos não obtenham aval para rodar por  faixas exclusivas e corredores de ônibus. Essa vantagem, dizem os  taxistas, é a única que sobrou.
Biderman afirma que a regra não vai mudar. "Os taxistas estão hoje no  pior dos mundos. Sem regulação, a Uber está operando sem limites. Alguns  taxistas, aos poucos, estão entendendo isso. É normal a resistência no  começo, a história diz isso", afirma. Ele defende o modelo de venda de  créditos para uso do viário. Pela proposta, só poderão atuar na capital  empresas que se cadastrarem e pagarem por quilômetro rodado.
A gestão Haddad afirma que essa regulação pretendida por meio de lei  possibilita à cidade organizar e controlar melhor o tráfego de veículos,  especialmente nos horários de pico. Se aprovada, a ideia é incentivar o  transporte individual em regiões periféricas, fora do pico e com  veículos que levem mais de um passageiro. Nesses casos, o crédito será  mais barato.
Leilão
Biderman afirma que a ideia de vender créditos por leilão foi descartada  pela Prefeitura. A proposta agora é cobrar pelo uso do viário depois de  realizadas as viagens. "Vamos calcular quantos quilômetros foram usados  no dia seguinte e emitir um boleto com prazo de três dias para  pagamento."
A nova regra deve fazer com que as viagens de Uber fiquem mais caras em  São Paulo. O porcentual, no entanto, vai variar de acordo com a margem  de lucro determinada pela empresa. Se aceitar cobrar menos do motorista,  reduzindo assim seu lucro, o aumento pode ser pequeno. Hoje, andar de  Uber pode custar até metade do preço cobrado pelos táxis.
Com a lei em vigor, a Prefeitura espera aumentar a competitividade entre  as empresas. Se a Câmara aprovar a proposta de regulamentação dos  aplicativos - são necessários votos favoráveis de 28 dos 55 vereadores  -, a expectativa é de que outra multinacional americana, a Lyft, passe a  operar no Município.
 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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