Desperdício de dinheiro público não se restringe a estádios

 A Copa do Mundo de 2014, como se sabe, deixou muitos elefantes brancos no país. Os  estádios de Brasília e Cuiabá estão às moscas. Mas exemplos de  megalomania e desperdício de dinheiro público não se restringiram às  arenas de futebol.  Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o aeroporto passou por uma  grande reforma porque a cidade foi escolhida como subsede do evento. 
A expectativa era que uma das seleções escolhesse São José dos Campos  como centro de treinamento (o que acabou não ocorrendo) e que muitos  turistas se hospedassem na cidade, por sua proximidade de São Paulo e  Rio de Janeiro. A estatal Infraero, que administra o aeroporto, investiu  quase 17 milhões de reais na ampliação da área e da capacidade do  terminal, de 200 000 para 2,7 milhões de passageiros por ano.
 Os investimentos não deram retorno. Em 2014, o aeroporto recebeu apenas  86 000 passageiros, o que levou a companhia aérea Azul a encerrar seus  voos no final daquele ano. Só restou a TAM,  mas não por muito tempo — a empresa deixará de operar no local em 1o de  junho. O aeroporto continuará recebendo só jatos particulares.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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