1 em 5 cidades tem casos graves de H1N1

 Pelo menos 121 das 645 cidades paulistas já registraram casos graves de H1N1, segundo boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo com detalhes sobre o perfil das vítimas da gripe. O documento revela  ainda que metade dos 91 mortos pela doença neste ano viviam na capital  ou nas cidades da região metropolitana. 
O Estado é o mais afetado pelo surto antecipado de gripe que atinge o  País. De janeiro até 12 de abril, o Brasil já registrou 1.012 casos  graves de H1N1, chamados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG),  quadro que exige internação do paciente. Desse total, 715 (70%)  pacientes foram infectados em território paulista. São Paulo também  responde pelo maior número de mortes: 59% de um total de 153 registradas  em todos os Estados brasileiros.
                  
O boletim da secretaria estadual mostra que grande parte dos casos e  mortes está concentrada em duas regiões do Estado: Grande São Paulo e  noroeste paulista. O balanço não traz o número de vítimas por município,  mas é possível ver pelo mapa apresentado no informe que a maioria dos  óbitos no interior aconteceu na região de São José do Rio Preto.
O diagnóstico fez com que a secretaria antecipasse a campanha de  vacinação contra a gripe nessas regiões. A imunização foi iniciada no  fim de março em 67 municípios da área de Rio Preto e no dia 4 de abril  na capital e na Grande São Paulo, onde 47 pessoas já morreram.
No interior, novas mortes possivelmente associadas ao H1N1 são  registradas todos os dias. Somente ontem, foram notificados sete óbitos  suspeitos pela doença. Dois deles foram registrados em Americana, região  de Campinas. 
A cidade já tem um óbito confirmado pelo vírus e investiga outros dois,  ocorridos anteriormente. Em Indaiatuba, na mesma região, a morte  suspeita é de um idoso de 81 anos, que tinha doenças crônicas. É a  primeira vítima por H1N1 na cidade, que investiga 16 casos suspeitos da  doença.
Também foram notificadas como suspeitas da gripe as mortes de duas  mulheres, de 34 e 69 anos, em Araras. A prefeitura enviou amostras ao  Instituto Adolfo Lutz para confirmar a infecção pelo vírus. Outro caso  suspeito foi registrado em Mococa - a vítima, do sexo masculino,  apresentou quadro de pneumonia aguda. Um homem de 51 anos morreu com  suspeita de infecção pela gripe em São Carlos. O resultado do exame sai  em 30 dias.
Perfil
Em todo o Estado, a faixa etária com o maior número de casos de SRAG por  H1N1 foi a de 25 a 44 anos, segundo o boletim. Entre os mortos pela  doença, a faixa de idade mais acometida foi a de 45 a 59 anos.
Cerca de 71% dos mortos tinham alguma doença crônica e 54% eram  mulheres. As doenças mais presentes entre as vítimas eram diabete,  problemas cardíacos e obesidade. Três gestantes morreram, além de uma  mulher que havia dado à luz há menos de 45 dias. Todos esses grupos,  assim como idosos e crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, são  considerados mais vulneráveis para as complicações da doença e podem  vacinar-se gratuitamente na rede pública.
Pelo menos 80% dos mortos chegaram a tomar o antiviral Tamiflu, mas o  início do tratamento ocorreu, em média, cinco dias depois dos primeiros  sintomas - o recomendado é que isso ocorra em até 48 horas. 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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