Furnas pode captar até R$1,5 bi este ano, diz executivo

 A estatal Furnas, subsidiária da Eletrobras, poderá captar até 1,5 bilhão de reais no mercado brasileiro este ano, com o volume exato dependendo do quanto conseguirá receber de  indenizações que pleiteia junto ao governo federal pela renovação  antecipada de concessões de geração e transmissão de energia, disse um  executivo nesta quarta-feira. 
A companhia estima ter cerca de 14 bilhões de reais a receber como  compensação por investimentos ainda não amortizados nas linhas de  transmissão e usinas que renovaram concessão ao final de 2012, afirmou o  superintendente de estratégia e sustentabilidade, Celso de Oliveira  Sant’Ana.
Segundo ele, o valor deverá ser quitado ao longo do novo prazo de  concessão dos ativos, de 30 anos, e há uma perspectiva da estatal de  receber ainda neste ano uma parcela dessas indenizações que poderia  somar 600 milhões de reais.
                  
“Nós consideramos as indenizações como parte dos recursos necessários  para investimentos… A gente conta com esse recurso para definir nossa  necessidade de captação”, disse Sant'Ana.
O governo, no entanto, ainda não definiu como viabilizará o pagamento, o  que poderia envolver um repasse à tarifa de energia dos consumidores ou  outros mecanismos.
Se essa primeira parcela for paga ainda em 2016, a necessidade de captação de Furnas pode ser menor.
O superintendente afirmou ainda que Furnas conseguiu reduzir a relação  entre dívida liquida e geração de caixa (Ebitda) de 8 vezes para 4,5  vezes em 2015.
Haveria espaço, de acordo com Sant'Anna, para baixar esse índice para 3 vezes em 2016.
"Isso nos credencia para (captar) recursos mais competitivos". 
Bolsa seria captação atraente
O superintendente ainda comentou as especulações sobre o eventual  lançamento de ações de Furnas na bolsa como forma de captar recursos. 
Sindicatos de funcionários da empresa disseram que o presidente de  Furnas, Flávio Decat, apresentou a seus dirigentes estudos que  mostrariam que a companhia estaria avaliada entre 14 e 18 bilhões de  reais no caso de eventual lançamento de papéis no mercado.
Sant’Ana confirmou que há estudos internos sobre o tema, mas disse que não há previsão de colocá-los em prática no curto prazo.
“São estudos internos, incipientes, nada de maneira formal e nem de maneira econômico-financeira”, frisou ele.
“É uma fonte muito mais barata (de captação) e se a gente conseguir  preparar a empresa para isso, num momento oportuno, seria atraente. É um  trabalho para ao menos 12 meses“ complementou.
 Após a divulgação de notícias referentes à eventual abertura de capital  de Furnas, a Eletrobras disse que não estuda o assunto e que "qualquer  avaliação que porventura existe... é preliminar e inicial, no âmbito  exclusivo" da subsidiária.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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