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terça-feira, 17 de maio de 2016

Google quer injetar chip no olho humano

Código binário refletido no olho
Quem sabe um dia tenhamos olhos biônicos, ao estilo da série Black Mirror: primeiro, a Samsung mostrou um conceito de lentes de contato com câmeras e Wi-Fi integrados.
Agora, o Google acaba de registrar a patente de um chip inteligente, parecido com as lentes da Samsung, mas com um toque especial: ele seria instalado cirurgicamente dentro do olho, onde ficaria funcionando até quando a pessoa quisesse. 
Os dois chips - um para cada olho - ficariam armazenados em lentes eletrônicas, feitas de um polímero flexível e transparente. 
A coisa toda seria controlada através de um smartphone ou de um computador, e carregada por uma antena que, de acordo com o Google, usaria como fonte de energia as ondas eletromagnéticas que nos rodeiam o tempo todo - vindas da TV, do rádio e de celulares e de outros dispositivos.
Essa ideia de gadget autocarregável, aliás, não é novidade: a Nokia já tem um projeto de celular que funciona exatamente assim, "sugando" a energia do ambiente.   
Divulgação/ Google
Esquema de lente intraocular da Google
Esquema de lente intraocular da Google: a patente, o Google diz que as lentes vão substituir o cristalino, dentro do olho
Por enquanto, tudo não passa de uma patente, sem previsão de chegada a nós, reles mortais.
Mas, se o dispositivo for mesmo produzido um dia, quem quiser os olhos melhorados vai ter que passar por um processo cirúrgico: um médico removeria o cristalino (a lente natural do olho humano), colocaria o chip dentro dele e, por fim, enfiaria tudo de volta no seu olho, onde o chip funcionaria como o próprio cristalino - só que em versão melhoradíssima, com Wi-Fi, GPS, Bluetooth e câmeras de alta definição. 
O dispositivo corrigira problemas de visão, como catarata, miopia e presbiopia, mas sua utilidade poderia ir muito além disso: você poderia fotografar e filmar qualquer cena da sua vida, ver um mapa da cidade em tempo real, observar as estrelas sem precisar de um telescópio, interagir nas redes sociais ao mesmo tempo em que conversa com seus amigos na vida real e por aí vai - as possibilidades são muitas. 
Antes que os protótipos comecem a ser produzidos, porém, o Google tem uma série de problemas para resolver.
Para começar, ainda não se sabe se os sinais de Bluetooth, GPS e Wi-Fi fariam mal aos olhos.
Além disso, existe a possibilidade de hackers invadirem os chips - e aí, eles saberiam exatamente onde você está e quem você é, e teriam acesso a todos os seus dados.
Isso sem falar que qualquer pessoa ou empresa poderia implantar imagens falsas bem diante dos nossos olhos - tipo o que acontece em Matrix.
Preocupantes ou incríveis, os chips ainda vão demorar para chegar até a gente - se é que algum dia eles vão chegar. Empresas como o Google registram patentes o tempo todo, o que não significa os gadgets revolucionários realmente vão começar a ser produzidos de uma hora para a outra.
Por enquanto, continuamos no aguardo de uma tecnologia bombástica que realmente aumente a nossa realidade (Mark Zuckerberg, só falta você). 

Onde estão e qual o tamanho das maiores Bolsas do mundo?

s 60 maiores Bolsas de Valores do mundo valem, juntas, cerca de US$ 69 trilhões, segundo a World Federation of Exchanges. 
A maior delas é a NYSE, Bolsa de Nova York, que faz  parte de um seleto grupo de Bolsas trilionárias.
São apenas 16 Bolsas no mundo cujo valor de mercado total das empresas listadas supera US$ 1 trilhão.
Apesar de estar fora deste grupo, a brasileira BM&FBovespa lidera com folga entre os mercados da América do Sul.
Veja nos gráficos abaixo onde estão e qual o tamanho das maiores Bolsas de Valores do mundo.

Traficantes de pessoas geraram na Europa mais US$ 5 bilhões

Refugiados presos na Grécia observam navios, em Atenas, dia 11/03/2016
As redes de traficantes de pessoas na Europa geraram em 2014 entre US$5 e US$ 6 bilhões, o que transforma esta atividade em uma das mais lucrativas para a criminalidade organizada, revelaram nesta terça-feira as agências policiais Europol e Interpol.
Em um estudo conjunto divulgado hoje, as agências policiais destacam que a entrada à Europa de 90% de imigrantes e refugiados no ano passado esteve "predominantemente facilitada" por componentes de uma rede de delinquentes.
As grandes rotas de entrada clandestina na União Europeia (UE) oscilam em função de fatores como o controle das fronteiras, indica o comunicado divulgado pela Interpol.
O tráfico de pessoas é "um negócio multinacional" no qual estão envolvidos suspeitos de mais de cem países e seus organizadores se movimentam mediante redes que se caracterizam pela flexibilidade interna.
Nessas redes são identificados líderes que coordenam o tráfico através de uma determinada rota, assim como organizadores que administram a atividade localmente através de contatos pessoais e "facilitadores".
Segundo a Europol e Interpol, seus integrantes costumam estar relacionados com outras atividades criminosas.
E embora não se possa falar de um vínculo sistemático entre o tráfico de imigrantes e o terrorismo, "há um risco crescente" de que os chamados "combatentes estrangeiros" (jihadistas que foram lutar em palcos de conflito como a Síria e Iraque) se introduzam na Europa entre os fluxos de imigrantes.
As duas organizações avisaram igualmente do risco de exploração laboral e sexual aos quais estão submetidos os imigrantes para pagar a quantia exigida pelos traficantes.
O diretor da Europol, Rob Wainwright, comentou que este estudo conjunto põe em evidência "o enorme papel que têm as redes de criminalidade organizada na crise de imigração" e que a UE e seus países-membros devem lutar contra elas da forma mais contundente.
Para o secretário-geral de Interpol, Jürgen Stock, a crise migratória não pode ser abordada pela polícia ou pelos responsáveis políticos separadamente.
Stock destacou que, nesse contexto, esta análise deve servir para uma série de ações conjuntas na Europa e no mundo todo.

Credores da OAS podem ter participação de 24,4% na Invepar

Funcionário da OAS ajusta as barras de aço na construção de uma ponte sobre a baía de Guanabara, no Rio de Janeiro
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição, pelos credores da OAS, grupo de engenharia investigado pela Operação Lava Jato, da participação de 24,4% da empresa na Invepar.
A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).
A operação aprovada faz parte do plano de recuperação judicial proposto pelo Grupo OAS. O documento foi aprovado pela assembleia geral de credores e homologado por decisão judicial.
 Mais informações em instantes.

Nova presidente do BNDES ganhou fama de trator nos negócios

Sede do BNDES, no Rio de Janeiro
Primeira mulher a comandar uma das principais siderúrgicas brasileiras, a CSN, a economista Maria Silvia Bastos Marques, de 59 anos, será também a primeira mulher a presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Exigente, focada em resultados e com fama de "trator" no mundo dos negócios, a carreira de Maria Silvia oscilou entre os setores público e privado.
Embora subordinado ao Ministério do Planejamento, o BNDES pode ser considerado órgão de primeiro escalão no governo. Principalmente após a gestão de Luciano Coutinho à frente do banco.
Turbinado como uma das principais ferramentas das políticas anticíclicas para diminuir o impacto da crise de 2008 na economia, o BNDES tem hoje R$ 931 bilhões em ativos e desembolsou R$ 136 bilhões para empréstimos ano passado.
A chegada de Maria Silvia à presidência do BNDES sugere uma guinada da instituição de fomento para focar nas concessões ao setor privado na área de infraestrutura.
A executiva já foi assessora da Presidência do BNDES, onde trabalhou no programa de privatizações, em 1991 e 1992, durante o governo Fernando Collor.
Nos anos 1990, antes de ser o braço direito do empresário Benjamin Steinbruch na reestruturação da CSN, recém-privatizada na época, trabalhou com o embaixador Jório Dauster na renegociação da dívida externa brasileira, também no governo Collor. Logo depois, foi para o BNDES.
Em seguida, esteve à frente da secretaria municipal da Fazenda do Rio, no governo Cesar Maia.
Na época, ficou conhecida como "a mulher de 1 bilhão de dólares", por ter conseguido acumular essa cifra para os cofres da cidade em seus últimos meses no cargo.
A executiva já ocupou várias cadeiras em conselhos de administração de empresas nacionais e estrangeiras, como Petrobrás, Vale e Anglo American. Maria Silvia também foi presidente da Icatu Seguros, de 2007 a 2010.
Determinada, a executiva aceitou assumir o comando da CSN, em 1996, grávida de gêmeos. Um mês após o nascimento dos filhos, surpreendeu novamente ao abrir mão da licença maternidade para voltar aos negócios.
A última passagem pelo setor público foi na Empresa Olímpica Municipal (EOM), órgão da Prefeitura do Rio responsável por coordenar a construção das instalações olímpicas, que comandou entre 2011 e 2014.
A saída da executiva coincidiu com o momento mais conturbado da relação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e com os organizadores dos Jogos do Rio.
Dez dias antes do desligamento de Maria Silvia, a Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 - grupo de inspetores responsável por acompanhar a preparação do Rio - visitou a capital fluminense e fez duras críticas ao andamento das obras.
Na época, a executiva alegou "motivos pessoais" para deixar o cargo. A Prefeitura divulgou nota informando que Maria Silvia optara pela saída porque pretendia retornar ao setor privado. Colaborou Marcio Dolzan.

Bolsonaro se torna "persona non grata" na Câmara de Campinas

O deputado Jair Bolsonaro
Câmara Municipal de Campinas tornou nesta segunda-feira, 16, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) 'persona non grata' em sua cidade natal.
Em entrevista ao jornal Correio Popular o parlamentar chamou os vereadores da cidade de 'otários' e 'desocupados'. Bolsonaro fez sua carreira política no Rio, mas nasceu e estudou parte de sua vida em Campinas, no interior de São Paulo.
"Diante de tamanha ofensa aos trabalhos desta Nobre Casa Legislativa, discordamos da clara tentativa de desqualificar o Poder Legislativo municipal e entendemos que o parlamentar passa a ser persona non grata em Campinas", informa o documento que será encaminhado ao deputado.
A moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais.
As declarações foram dadas em entrevista ao jornal de Campinas Correio Popular, na edição do domingo de 1º de maio.
"Essa Câmara Municipal de vocês aí é fraca. Estou me lixando para esses vereadores que votaram isso. Eles não têm o que fazer, são uns desocupados… Esses vereadores são uns otários", disse ao jornal sobre uma moção aprovada no município, dia 25.
Bolsonaro partiu para o ataque após a Câmara de Campinas aprovar um documento de repúdio a homenagem que ele fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante seu voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Camara dos Deputados.
Naquela sessão do dia 17 de abril, Bolsonaro invocou a 'memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff'.
"O coronel Ustra foi um herói nacional, ele lutou pela nossa democracia, pela nossa liberdade", reiterou na entrevista ao jornal. Ustra comandou o DOI-Codi, centro de torturas do antigo II Exército em São Paulo nos anos de chumbo, entre 1971 e 1974. Em 2012, a Justiça de São Paulo declarou oficialmente Ustra torturador. Ele morreu em 2015 aos 83 anos.
Um dia após a entrevista de Bolsonaro, na sessão do 2 de maio, o vereador Cid Ferreira (SD) criticou as declarações do deputado contra a Casa. "Além de deixar de ser homem, ele (Bolsonaro) deixou de ter caráter", declarou na tribuna nesta segunda, 16.
Ustra foi considerado oficialmente torturador pela Justiça de São Paulo, em 2012.
Defesa
O deputado Jair Bolsonaro foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre a moção de protesto.

Potências se comprometem a apoiar maior cessar-fogo na Síria

Crianças brincam perto de ruínas e parede com buracos de tiros, na Síria, dia 19/03/2016
A cúpula internacional realizada nesta terça-feira sobre o conflito na Síria serviu para reunir apoios para ampliar o atual pacto de cessação de hostilidades em um cessar-fogo completo, anunciou o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry.
"Comprometemos nosso apoio para transformar a cessação das hostilidades em um cessar-fogo amplo", explicou Kerry em entrevista coletiva junto a seu colega russo, Sergei Lavrov, e ao enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
Kerry acrescentou que "todas as partes, Rússia, Irã, que apoiaram (presidente da Síria, Bashar) Al Assad, e países chaves na região que se opuseram a ele estão de acordo em um marco básico, uma Síria unida e não sectária capaz de escolher seu futuro através de um governo de transição".
O chefe da diplomacia americana advertiu ao término da reunião que as partes que não respeitem a cessação das hostilidades ficariam fora do acordo do cessar-fogo.
Kerry também destacou a necessidade de começar ou retomar o envio de ajuda humanitária, para o qual abriu a possibilidade de envios por via aérea às zonas de mais difícil acesso, algo que seria feito em colaboração com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.
"Naqueles lugares onde não é possível chegar por terra tentaremos fazer por ar", explicou De Mistura por sua parte.
O responsável da ONU afirmou que esses envios seriam feitos por meios de operações conjuntas entre Estados Unidos e Rússia.
Kerry reconheceu que os avanços nos últimos meses são frágeis e estão ameaçados.
"Nenhum de nós pode estar remotamente satisfeito com a situação na Síria, é muito perturbadora", admitiu o secretário de Estado.

A Venezuela está à beira do colapso. Entenda

Homem segura a sua filha com fila de pessoas ao fundo em busca de comida
Venezuela entrou nessa semana numa nova e ainda mais tensa fase da sua crise. Depois de violentas manifestações de uma população que vem sofrendo com a escassez de itens e serviços essenciais, o governo do chavista Nicolás Maduro oficializou na segunda-feira a declaração do “Estado de Exceção e Emergência Econômica” pelos próximos 60 dias.
Na ocasião, o presidente venezuelano disse que a medida se fazia necessária para lutar contra o que chama de “golpe de estado orquestrado por potências estrangeiras” e que, segundo a agência EFE, teria contado com a participação de Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia.
Essa declaração ainda precisa ser aprovada pelo parlamento do país, no qual a oposição é maioria, e considerada constitucional pelo Tribunal Supremo de Justiça. Se assim for, a norma dará a Maduro o poder de solicitar a intervenção das forças armadas e ordenar a obtenção de recursos financeiros sem que seja necessário o aval de outros poderes.
A expectativa, contudo, é que esse cenário não se confirme e que o cerco contra o presidente continue a se fechar. A avaliação da oposição é a de que esse Estado de Exceção seja uma tentativa de Maduro para obstruir a realização de um referendo revocatório que pode antecipar o fim do seu mandato.
Se a votação acontecer e Maduro for derrotado, novas eleições devem ser marcadas. Antes, contudo, o mundo observará com atenção os desdobramentos de uma manifestação convocada por essa oposição para dar força ao referendo nesta semana, mas que não foi aprovada pelo governo. Com o Estado de Exceção em vigor, a consequência dessa passeata é uma incógnita.
Enquanto essa crise política parece não ter fim, o país vive mergulhado no caos que também não dá sinais de que irá acabar tão cedo. Falta de tudo na Venezuela: do papel higiênico até a cevada para produção de cerveja, passando, é claro, pela comida na mesa da população. Em 2016, pela primeira vez em 20 anos, o país precisou aumentar o preço da gasolina.
O cenário é agravado ainda pela seca que impactou em cheio um sistema energético obsoleto e despreparado, forçando o governo a cortar a energia elétrica por quatro horas todos os dias. O serviço público agora funciona somente duas vezes na semana e Caracas vem se consolidando como uma das capitais mais violentas do planeta.

Crise

Eleito presidente da Venezuela em 2013 pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, Nicolás Maduro vem enfrentando problemas estruturais que são resultado de uma série de fatores que vão desde a queda nos preços dos barris de petróleo até a corrupção.
A consequência dessa combinação desastrosa é um índice histórico de reprovação. De acordo com números da pesquisa Venebarômetro, divulgados pela AFP, 68% dos venezuelanos hoje reprovam o governo. Isso mostra que, em um possível referendo, o destino de Maduro poderá facilmente ser o de ex-presidente.
Em um artigo publicado neste mês pela Carnegie Endowment for International Peace, uma rede global de pesquisadores e analistas de política internacional, o economista venezuelano Moisés Naim fez o que chamou de “autopsia da Venezuela” e buscou avaliar os fatores que levaram o país, dono da maior reserva de petróleo do planeta, ao estado de colapso.
Nos últimos 17 anos, explica o analista, o país recebeu trilhões de dólares em receita do petróleo. Ou seja, dinheiro não era exatamente um problema. “É verdade que os preços do petróleo caíram – um risco que muitos anteciparam, mas que o governo não se preparou para lidar”, mas mesmo em 2014, quando o barril era cotado a 100 dólares, a população do país já enfrentava a escassez de itens essenciais.
Hoje, essa carência chegou a níveis alarmantes: as prateleiras dos armazéns estão vazias, a energia elétrica é cortada todos os dias, não há papel higiênico. Uma pesquisa recente da Reuters com 1.500 famílias mostra que 12% delas não conseguem fazer três refeições num dia. Mas o que explica essa falência do estado venezuelano? 
Um dos fatores citados por Naim como protagonistas nessa confusão que virou o país é a política de controle de preços. Antes essa medida era aplicada em alguns itens essenciais, como alimentos, com o objetivo de manter a inflação sob controle e mantê-los acessíveis aos mais pobres. Aos poucos, contudo, passou a ser aplicada em dezenas de outros produtos. 
“Quando os preços estão abaixo do custo de produção, fornecedores não conseguem manter as prateleiras estocadas”. A produção no país parou. E a saída encontrada por Maduro foi a de retomar as plantas e prender os empresários sob a justificativa de que estariam deliberadamente parando suas linhas de produção com o objetivo de “sabotar o país”.

Futuro incerto

O que acontecerá com a Venezuela ainda em 2016 é um mistério. Mas a expectativa é que a crise de cunho geral que o país vive se agrave ainda mais. Números do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que, até o fim do ano, o aumento nos preços seja de 700%. Dos 190 países monitorados pelo FMI, é a Venezuela aquele que deverá enfrentar a pior recessão.
Se Maduro está em apuros, o país está diante de um abismo difícil de ser contornado. 

Julgamento "Vatileaks2" é adiado após novas provas

Papa Francisco durante abertura do Ano Santo, na basília de São Pedro, Vaticano. 08/12/2015
 O julgamento do caso "Vatileaks2" voltou a ser adiado nesta terça-feira para o dia 24 de maio perante as novas provas apresentadas sobre o vazamento de documentos reservados aos dois jornalistas acusados.
O presidente do Tribunal Vaticano, o juiz Giuseppe Gadanha Torre, decidiu dar tempo aos advogados dos cinco acusados e ao promotor para que pudessem reorganizar a defesa e apresentar novas provas após as supreendentes revelações que surgiram na audiência de ontem.
Sobretudo porque as provas apresentadas por Gianluca Gauzzi, que se ocupou de analisar o computador e os dois telefones celulares do secretário da extinta Comissão Investigadora dos Organismos Econômicos e Administrativos da Santa Sé (COSEA), o espanhol Lúcio Vallejo Balda, não se encontravam no documento.
Gauzzi foi chamado a prestar depoimento como testemunha por parte do promotor vaticano ao ter se ocupado da "análise forense informática" dos telefones e do computador.
Desta perícia, foi possível reconstruir como funcionava o sistema informático criado pelo COSEA para salvaguardar seus documentos e pelo qual Corrado Lanino, o marido da também acusada e membro deste organismo, Francesca Chaouqui, cobrou 110 mil euros.
Mas sobretudo, do depoimento de Gauzzi surgiram provas que acusam diretamente Chaouqui e Emiliano Fittipaldi.
O processo, que deveria terminar no final de maio, será retomado no dia 24 deste mês e ainda falta escutar um dos gendarmes chamados depor e os dois peritos que se ocuparam das perícias informáticas a pedido dos advogados de defesa.

Zika preocupa, mas não para adiar as Olimpíada, diz OMS

Roupas dos voluntários para as Olimpíadas de 2016, dia 12/05/2016
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse que embora a agência esteja cada vez mais preocupada com o vírus zika, não recomenda o cancelamento ou o adiamento dos Jogos Olímpicos no Rio, apesar de Brasil ser uma das nações mais afetadas.
"Quanto mais sabemos sobre o zika, mais estamos preocupados", disse Chan, a jornalistas em Genebra, acrescentando que ela vai ao Rio para os Jogos.
Chan observou que, embora o vírus já exista há décadas, é apenas agora que se demonstrou que provoca graves defeitos congênitos e problemas neurológicos em recém-nascidos.
A diretora reiterou a recomendação da agência de saúde da ONU de que as mulheres grávidas não devem viajar ao Brasil, que tem o maior número de casos de zika.
Ela disse que a OMS recomenda que atletas olímpicos e outros viajantes ao Rio tomem medidas para evitar que sejam picados por mosquitos que transmitem o vírus.
Ainda assim, disse que não vê razão para adiar os Jogos, que deverão atrair cerca de 500 mil pessoas ao Rio. "Não se trata de paralisar o movimento das pessoas em todo o mundo", disse Chan. "É tudo uma questão de avaliação e gestão de riscos".
Perguntada se estava de acordo com o chefe de comitê de emergência da OMS contra o zika, Bruce Aylward, que declarou que o Rio vai realizar uma Olimpíada "fantástica", Chan disse que sim. "Eu vou ir (ao Rio)", afirmou.
Em fevereiro, a OMS declarou o zika uma emergência global de saúde e o vírus se espalhou por quase 60 países. A agência está monitorando constantemente sua evolução e pode mudar suas recomendações aos viajantes, dependendo de como o vírus progredir.
Alguns especialistas chegaram a defender o adiamento da Olimpíada, marcado para o período entre 5 e 21 de agosto, e disseram que os Jogos poderiam desencadear novos surtos de zika em outros países e acelerar a propagação global do vírus.
Chan afirmou que os atletas olímpicos estão recebendo o conselho de médicos de suas equipes. Alguns países estão tomando medidas, como uso de roupa protetora, de redes de proteção contra mosquitos nas janelas para "minimizar o risco", disse.